quinta-feira, 3 de julho de 2008

Medo

Só pra variar, é uma palavrinha pequena. Dissílaba, quatro letrinhas e, assim como a "saudade" - vide "Sobre a saudade..." no arquivo do blog - , causa um impacto imenso no ser que se atreve a sentir tal coisa. Só que esse costuma ter um efeito mais... digamos... eficaz nas pessoas que o têm.

E bem ao contrário de muitas das coisas que um ser humano possa sentir, o medo impede um monte de coisas. A raiva, a alegria, o amor, o ódio, a saudade e outras coisas geralmente impelem o ser a fazer alguma coisa - qualquer que seja ela. Geralmente essas coisas levam um homem ou uma mulher a tomar uma atitude diante daquilo por que tem um desses sentimentos. Mas é bem ao contrário do medo.

O medo, se impele alguém a fazer alguma coisa, é a encolher-se num canto e, de vez em quando, não olhar pra aquilo que causa medo - mas, na maioria das vezes, olhar fixamente pra essa coisa esperando que ela suma ou, pelo menos, que ela não chegue perto. No entanto, convenhamos que encolher-se num canto pode, de certa maneira, ser traduzido em não tomar uma atitude, uma vez que não se dirige ao objeto em questão.

Pergunta clássica deste blog: e quando se trata de pessoas?

Uma coisa é você ter medo de alguém muito maior, mais forte e agressivo que você. Quem não tem medo de tomar uma surra de uma pessoa maior? Quem gosta de dor? Até aí, tudo bem. Você não chega perto daquela pessoa porque há um instinto primitivo que te diz: "Dor dói! Vai lá não!"

E quando se trata de situações que não mexem com dor física? Mais precisamente... E quando se trata de situações que envolvem questões coraçãonais*? Do tipo você se envolve com uma pessoa e, por alguma razão, resolve parar. Por quê? Quer dizer... Na teoria, as duas pessoas podem, são maduras o bastante pra isso, estão dispostas... Porém tem alguma coisinha esquisita que te impede de ir aonde você queria ir, de fazer o que queria fazer. De novo: Por quê? Medo de machucar o outro? Tudo bem. É um medo, digamos, nobre. Você está pensando no outro. E se o outro não tem medo?

Medo de se envolver? De se envolver demais? De gostar mais do que quer gostar? De se machucar? De se apaixonar? Se você tem um ou mais desses medos, eu tenho uma novidade - talvez não seja novidade - pra você: a vida é feita disso - e digo por experiência própria. Tem aquele velho ditado que a gente já está cansado de ouvir que diz que quem não arrisca não petisca. E é bem verdade.

Tudo bem. Se você não "vai lá", você evita com a maior eficácia possível aquela coisa que poderia te fazer aquele mal de que você tem medo. Por outro lado, você não aproveita aquela coisa gostosa que você estava a fim de degustar. E agora? Simples! Ponha na balança! Será que o que pode doer vai doer mais do que vai agradar o que pode agradar? Se a resposta for sim, aí deixa de ser medo. Se for não...

...Tá fazendo o que aqui?

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*coraçãonais - adjetivo no plural que substitui "emocionais" e que roubei de uma pessoa muito querida que tem o costume de usar essa palavrinha engraçadinha. Vide "Blog da Letícia".

2.2 TTi Conversível

Ahá!! Agora numa versão um popuco mais velha, como acontece todo ano - tá bom... todo dia. Só que a gente só faz aniversário uma vez por ano, né? Consideremos isso, então.

E alguns me perguntam: "Como se sente estando mais velho?" Engraçado como na maioria das vezes eu não tenho uma resposta pronta. Mas o que me veio à cabeça agora é: "Mais novo!" Sim, senhor. Cada dia mais. Grande coisa ter vinte e dois anos. Continuo me sentindo como se me tivesse sei lá quantos - não paro pra pensar nisso lá com grande freqüência - e com cara de pouco menos idade que eu tenho de verdade.

E aproveitando cada dia como se fosse o primeiro!

PS: Pra quem não sabe... 2.2 é pra 22 anos, Conversível pra minha careca - sim, passei máquina zero recentemente - e TTi... Twin Turbo Injection. =P